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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

12 de Setembro – Dia da Pesca

É verdade…

A grande surpresa??? Fotografias… Este será o primeiro post que terá fotografias (tiradas por mim) a partilhar a minha vivência nesta terra…

Hoje foi o primeiro dia em que fiz pesca na minha vida. Quem diria… Algo que em Portugal não me provocava qualquer tipo de interesse por achar que é demasiado parado… Hoje aderi e gostei…

Depois dum convite feito ontem por um colega eu e outros dois aceitámos ir hoje à pesca. A condição fundamental era levar umas sandes e umas bebidas. Negócio fechado!!!

Às 6.30horas viriam buscar-me. A “aventura” começou desde que acordei porque tinha ficado sem bateria no telemóvel e o carregador estava no escritório… Às 6.30h estava despachado mas às 6.55 ainda nem sinal da minha boleia… Como o segurança normalmente está a dormir pensei que a boleia pudesse ter passado e, porque não tinha visto ninguém acordado nem me tinha conseguido ligar, se tinha ido embora. Decidi ficar mais algum tempo à espera e, pelas 7.05, chegou a boleia…

Fui o último a ser recolhido e no carro o ambiente era, como eu esperava, de alegria e boa disposição.

Adivinhava-se um dia agradável…

Depois de entrar no barco e de fazer o percurso necessário chegámos ao nosso primeiro ponto. Pelo caminho vimos “cascas de noz” com 6 e 7 pessoas… Vimos, longe de terra, pequenos barcos sem motor em que os seus ocupantes (1 ou 2 pessoas) utilizavam pagaias e paus para “remarem” até onde pretendiam...

Chegados ao primeiro ponto a primeira explicação… Estávamos num local de pesca ao choco. Depois da explicação da metodologia, que não ensino (eheheheehheeh), a passagem à prática. Depois de colocar e retirar o fio o primeiro acontecimento… Vinte minutos a desembrulhar o fio… O olhar concentrado para o desenlear deixou-me um pouco “mareado” mas sem reacção, felizmente…

Mudámos de local. Fiz então o meu segundo lançamento e pouco depois um puxão… Sorri e fiz questão de dar sinal da minha sorte de principiante. O Nuno, o verdadeiro pescador, aproximou-se e deu as indicações básicas… Era necessário ter calma a puxar o fio para, dessa forma, não perder o choco… Passado pouco tempo ali estava o meu primeiro choco!!!

Festa no barco porque, para além de estreante fui também o primeiro a conseguir apanhar um peixe… Como era relativamente pequeno, quando comparado com outros que existem nestas águas, decidi mandá-lo à água… Mas não foi apenas o meu lado sentimental a falar, confesso. Era uma desculpa para, caso o dia não corresse muito bem, eu puder dizer que “apanhámos muita coisa” mas como eram pequenos mandámos ao mar… eheheeheh

Vendo que o choco não estava a querer nada connosco mudámos de objectivo… Agora pretendíamos Pargos.


A caminho dos Pargos…



Um dos Pargos

Originei novamente mais um motivo de alegria total no barco porque, pelos vistos, eu percebia daquilo. Tinha acabado de pescar o primeiro Pargo da tripulação… Frisei que não seria nada mais do que “sorte de principiante”. De facto veio a verificar-se que foi mesmo sorte de principiante porque durante todo o resto do dia não pesquei mais nada e, para o barco, “saltaram mais quatro Pargos”.

Durante todo o dia o saldo foi positivo porque ainda tentámos apanhar Barracudas. Quer dizer… Na realidade não tentámos, na realidade conseguimos, mas como eram pequenas (e garanto que não estou a utilizar a técnica que pensei utilizar quando apanhei o choco) libertámos as quatro. Para a contabilização total fica ainda uma Raia que libertámos… Ou seja, fomos uns verdadeiros pescadores!!!

Foi ainda mais positivo porque, como em tudo aquilo que se faz nesta terra, conseguimos perceber a arte e engenho deste povo… De qualquer coisa se faz um brinquedo, uma ferramenta, um utensílio ou o que quer que seja… Basta necessitar…






Para além da boa disposição e do dia bem passado ficam ainda para mais tarde recordar dois momentos muito particulares… Momentos em que ficámos enleados nas redes de pescadores que estavam colocadas sem qualquer tipo de bóia… Uma delas obrigou-nos a saltar para a água e retirar os fios de pesca enleados no motor. Imagine-se a aventura… Tivemos ainda que cortar uns pedaços da rede de pesca e sempre com receio que surgisse um barco de pescadores enfurecidos. Felizmente não…

À noite o culminar do excelente dia… Uma bela e calma refeição, em casa de um dos colegas, com os peixes que apanhámos… Um ambiente muito tranquilo e familiar. Depois do dia da agitação do barco foi muito agradável conhecer o pai do Nuno. Foi um bocado muito bem passado a ouvir histórias sobre esta terra avermelhada…

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