Há dias que começam tão mal, mas tão
mal, que temos a certeza que a partir daí só pode ser a piorar.
Hoje foi aquele dia, em 8 meses de
permanência em Angola, que nunca devia ter começado.
Reunião às 9h00 na cidade com um
cliente, estando combinado reunir previamente para briefing às 7h45 no Trópico.
Logo, seria necessário sair de Talatona perto das 5h40. Seria mas não
aconteceu. Devido a um contratempo e má interpretação de agendas, o despertador
tocou às 6h25. Algo me dizia que já estava há muito tempo na cama, devido à
mentalização do dia anterior com respeito ao pouco que ia dormir, e realmente
acordei uma série de vezes a partir de uma certa hora. Mas confiada que estava
deixei-me estar. Quando saltei da cama, por ver que o repórter já se estava a
arranjar, perguntei que horas eram, para confirmar que não estava atrasada e
foi aí que senti que o dia devia acabar ali mesmo – 6h50! Com um record
magnífico, à que referir, tomei banho, vesti-me e saí em 7 minutos. Coloquei o
carro a trabalhar e às 7h já estava na estrada. Às 7h30 continuava na estrada,
às 8h00 continuava na estrada, às 9h00 continuava na estrada, e às 9h25 estava
a estacionar por fim o carro à porta do cliente.
A imagem do meu pára-brisas era mais ou
menos semelhante a estas:
Fontes:
Durante todo este período em que estive
parada no trânsito, deslocando-me mais precisamente a uma velocidade de
10km/hr, aconteceu de tudo. Um fornecedor literalmente à porta para fazer uma
entrega e ninguém para o receber (na realidade só era esperado às 10h e
anunciou-se antes das 7h30). Fiquei sem saldo no telemóvel, devido à expiração
do plafond mensal. Um mal ententido na explicação por parte de um fornecedor,
fez com que uma inspectora da alfândega estivesse à espera de um motorista
nosso que eu nunca enviei pois não sabia que o tinha que fazer. Um colega
doente, que fazia com que o departamento estivesse sozinho. E mais não
lembro...
Claro que estacionei em segunda fila,
pois às 9h25 seria impossível encontrar um lugar à minha espera na Marginal.
Escrevi o meu número numa folha A4 e rezei para que os proprietários das
viaturas que tranquei não tivessem que se deslocar antes da minha reunião
acabar.
Reunião finalizada era tempo de seguir
para outra. Aqui era mais fácil, pensei eu. Apenas deslocar-me da Marginal à
Praia do Bispo. Tinha 1h20 para o fazer. Como dizem por cá, sem makas! Ou no
meu país, “seria limpinho”. WRONG! Ora bem, para percorrer a distância de cerca
de 900 metros demorei, nada mais, nada menos que 1h40. E tudo graças a alguma
perícia e transgressões, nomeadamente passar por dentro de uma bomba de
gasolina para conseguir ultrapassar 10 carros!
A reunião foi péssima, ou já não
conhecesse a casa que me estava a receber. E ainda vislumbrei e apertei a mão
ao inferno... para culminar, mesmo no final cai uma daquelas chuvadas que fazem
a cidade parar...
Lá entro no carro com destino ao ponto
de partida e acabar todo o trabalho pendente. Senti que o dia já me pesava nas
costas, nas pernas e na cabeça. Eram 10 para as 2hs e ainda não tinha colocado
nada no estomâgo, com expecção de uns 4 smints. Prometi a mim mesma que ia só
fechar os pendentes e iria para casa dormir e descansar. Mas não fui capaz de
cumprir com a promessa, embora tivesse fechado todos os pendentes... acabei por
continuar sem comer e ficar até às 18h00, com o corpo a implorar descanso.
Chegada a casa despachei muito do que
havia para comer e reflecti sobre o dia em que quebrei o record/proeza que
mantinha em Luanda – ZERO atrasos para reuniões!
Acabando pelo princípio, há dias que
deviam acabar logo quando começam...
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