É verdade…
Quando estamos longe “da nossa realidade” qualquer contacto com ela nos causa uma grande felicidade e emoção. Só estando fora do país, por períodos longos entenda-se, é que conseguimos dar valor à emoção que os nossos emigrantes transmitem quando surgem em reportagens televisivas.
Hoje, como sempre, quando fui almoçar a casa sentei-me no sofá enquanto aguardávamos a conclusão da refeição. Sintonizámos na RTP Internacional.
Estava a ser transmitido o programa que dá imediatamente antes do jornal das 13.
Fiquei agradavelmente surpreendido com o que estava a ver. Na televisão actuava um grupo rock em que o vocalista parecia um antigo colega meu de faculdade (O Dadinho para quem o conhece). Uma pessoa com quem desde o primeiro dia na faculdade criei uma relação de amizade e respeito. Por circunstâncias da vida, porque na realidade ele queria seguir algo mais relacionado com realização e cinema (julgo), afastámo-nos e passámos a contactar pontualmente. Foi com enorme felicidade que confirmei que era ele de facto e o vi ali, a actuar com toda a sua garra e determinação.
É por ver que agora, passado tanto tempo de dedicação à música, está a começar a recolher os seus frutos que aqui fica o meu forte abraço para ele. Os meus parabéns e votos de sucesso para mais um desafio Dadinho.
De facto a distância faz com que valorizemos coisas que, provavelmente, para todos os que possam ler este post são banais e insignificantes.
Provavelmente, confesso, se estivesse no meu “habitat natural”, com todas as actividades quotidianas normais e com um contacto normal com a minha família e amigos, não daria qualquer tipo de relevância a este facto. Isto é algo em que, nos últimos dias, tenho vindo a pensar…
A agitação quotidiana em que vivemos, penso, faz-nos desvalorizar pequenas coisas… Faz com que, em muitas circunstâncias, valorizemos coisas superficiais… Coisas que naquele momento nos dão prazer ou felicidade mas, daí a algum tempo, já passaram…
Basicamente começo a achar que, por vezes, andamos a fazer várias corridas de 100m porque as maratonas dão muito trabalho…
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