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segunda-feira, 15 de março de 2010

17 de Fevereiro - Uma ida ao fotógrafo e uma nova perspectiva da Baixa de Luanda

Depois de algumas tarefas pelo arranque da manhã a saída pelas 8.30.
Esgotadas as duas fotografias extra que tinha, no processo da carta de condução, necessitava de outra.

Por mero acaso apercebi-me que outro colega iria hoje tirar fotografias para o passaporte, porque possui dupla nacionalidade, e lá fui com ele. O percurso.. Bom quanto ao percurso não me quero tornar repetitivo... Mesmo dentro da cidade passámos por estradas em mau estado e o trânsito era imenso. A viagem demorou apenas 25 minutos porque o nosso "motorista" conhece a cidade como a palma da mão e, por isso mesmo, fizemos todo o corta-mato possível...

Pelo caminho vimos ainda 2 batedores a abrir caminho a um todo-o-terreno do Corpo Diplomático Americano (provavelmente com o grupo que está em Luanda para tentar a paz na zona dos Grandes Lagos) passámos por ruas da Baixa, para mim, totalmente desconhecidas e parámos em frente à loja de fotografia.

À entrada, depois de dizer o que pretendíamos, pagámos logo 900 Kuanzas (qualquer coisa como 9 USD's). Depois de esperar 3 ou 4 minutos o meu colega foi chamado para tirar as fotografias. Enquanto esperava acabei por perceber porque é que fomos ali... Era um sítio, com cerca de 12m2, já mais oganizado e com produtos de qualidade. Vi ainda porque é que estava o espaço estava totalmente cheio... É das poucas lojas que "cumpre os requisitos" de alguns organismos oficiais e, por isso mesmo, a clientela é muita... Estava um papel afixado com as dimensões das fotografias tipo passe para, por exemplo, as embaixadas Americana, Inglesa e Brasileira...

Entretanto chegou a minha vez. Percebi que estava, literalmente, a ir para um "vão de escada" em que "a porta era uma cortina".

Quando entrei, não sei porquê, esperava ver o fotógrafo de frente e, só depois de dar dois passos naquele espaço, que dava para poucos mais, é que olhei para a minha esquerda. Nesse momento fui atacado por uma enorme vontade de rir. Tive que fazer algum esforço para me conter. Porquê? Sobre o tripé preto, com aspecto robusto e profissional, estava uma máquina digital prateada que era dos modelos iniciais de máquinas digitais. A melhor comparação que consigo encontrar são aquelas máquinas digitais que a HP lançou no inicio da "massificação" das máquinas digitais. Aqui fica uma fotografia do tipo de máquinas que estou a falar para se perceber o caricato da situação.

Depois de tirada a fotografia juntei-me então ao meu colega para esperarmos pela impressão porque a entrega era imediata... Nesse momento percebi que a passagem "máquina fotográfica - impressora" era feita através de um rapaz.. Ou seja... Depois de tirada a fotografia, um "estafeta" pegava no cartão e levava à impressora. Depois de impressas eram cortadas e entregues aos clientes neste "embrulho".



No percurso até ao fotógrafo descobri uma nova baixa de Luanda. Infelizmente danificada e mal conservada, como quase todo o resto do edificado em Angola mas, uma zona com uma arquitectura lindissima...

Percebi então o que poderia ser Lisboa e outras cidades Portuguesas se as autarquias tivessem colocado travões a alguns agentes imobiliários que queriam apenas criar mais e novos edificios para, assim, conseguirem ganhar boas quantias de dinheiro.

Gostaria apenas que Angola, porque já tem vários exemplos de outros países, aprendesse com os erros já cometidos e que preservasse grande parte do que tem e que criasse, em zonas específicas, espaço para novos edíficios... Do que se vai vendo, creio que o crescimento vai ser igualmente anárquico...

Veremos...

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