É com muito carinho que escrevo este post, por ser sem dúvida um dos primeiros sítios que mais me marcou positivamente em Luanda, e por ser o meu espaço de eleição.
O Baía é tão diversificado que poderia escrever vários posts com abordagens e tópicos distintos, mas vou ousar misturar tudo e espero que não se torne uma valente confusão.
Fazia uma semana exacta que estava em Angola quando fui a primeira vez ao Baía, aliciada por uma proposta tentadora. O repórter ligou-me quase ao final da tarde com a seguinte questão, para a qual compreenderão, não havia muita hesitação na resposta “O Mike* quer ir para casa jantar e descansar ou quer ir com o Mike comer uma Pizza da Lagosta?” Uhmmm jantar+descansar Vs. Pizza de Lagosta? O descanso que viesse depois, agora, ou melhor, logo, que venha a Pizza de Lagosta.
Não sabia eu que a Pizza Lagosta era a Pizza Baía, assumindo o nome do Restaurante/Bar, e muito menos sabia que aquele viria a ser o meu espaço favorito em Luanda.
Não sabia mas fiquei desde logo com essa intuição. O Baía, aliás, Espaço Baía, conquistou-me à primeira vista pelo ambiente, descontraído mas ao mesmo tempo reservado, pela música ambiente que é no mínimo excelente, repleta de artistas contemporâneos e maioritariamente dos estilos bossa nova e jazz, e pela variedade de snacks. A vista não é magnífica, mas virá um dia a ser, logo que acabem as obras da baía de Luanda. Mas, para ser sincera, nem sequer faz falta, sentimo-nos de tal forma relaxados que nem reparamos no que está para lá da vista.
Desde aí o Baía tem sido o sítio por nós mais vezes visitado, sobre todo e qualquer pretexto. Um snack ao Domingo, um copo no final da semana para descontrair, um jantar intimista, sobre a verdadeira luz de velas e as ventoínhas que marcam os anos, qualquer motivo é bom para passar por ali.
Mais recentemente descobri que a dona do espaço é irmã do conhecido cantor brasileiro D’javan, que tantas vezes ouvi nas noites ali passadas. Talvez assim se explique o bom gosto musical nos temas escolhidos e que nos acompanham as refeições ou simplesmente as conversas ao sabor de um gin tónico.
A fidelidade é tanta que mesmo com a distância que agora me separa da cidade, as sextas são-lhe quase sempre reservadas! Até porque, é quando ele nos oferece uma das coisas que tem de melhor, a música ao vivo!
É, sem sombra de dúvida, o Espaço a não perder, de tal forma que seria capaz de desejar transpor uma versão igual para a Lisboa que me viu nascer...
*Mike – termo utilizado por nós que um dia, oportunamente explicaremos.
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