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domingo, 27 de março de 2011

11 de Dezembro - A casa nova...

Para enquadrar este post é necessário voltar um pouco atrás no tempo, mais precisamente à vinda para Angola.

A minha vinda para Angola, e o nosso início de vida cá, não foi feito nas condições ideais, nomeadamente para quem já tinha a independência conquistada em Portugal, ou seja, vim juntar-me ao repórter numa guest house da empresa dele, o que representava ter que dividir os espaços comuns com mais pessoas. Se isso permitia que a agitação e o movimento fosse uma constante, facilitando em algumas situações a adaptação inicial, todos sabemos que, na maior parte das vezes, queremos o nosso espaço, por mais pequeno que seja, mas precioso!

Daí que a mudança de trabalho em Setembro tenha trazido uma das melhores novidades à nossa vida em Angola, mais rapidamente do que julgávamos, o irmos habitar um espaço só para nós! Contudo a procura do mesmo ficava pela nossa conta e risco... Quem por aqui reside sabe que a procura de apartamentos é uma tarefa árdua em Luanda e que, por falta de tempo, nem sempre ficamos de imediato com a melhor opção. Efectivamente o tempo não jogava a nosso favor e fomos pela opção mais fácil, alugar um apartamento no condomínio onde trabalho. Com todos os contras que isso trazia, nomeada e principalmente, o repórter ter que levantar-se cedíssimo todos os dias para vir trabalhar para a cidade. Mas a felicidade de termos o nosso cantinho, com algumas facilidades e espaços comuns, superava qualquer coisa, inclusive os atritos com a proprietária que queria definir o câmbio, para a transferência do aluguer anual (sim, por aqui paga-se alugueres anuais, e talvez semestrais com proprietários simpáticos!!!), segundo os seus próprios critérios... águas passadas, a chave estava na nossa mão e agora começava mais uma missão, que já se antecipava complicada, a decoração!

Duas visitas à Moviflor deram para perceber como é que algumas empresas enriquecem... a fórmula em Angola parece à partida simples: sem uma autoridade eficaz para controlar as actividades comerciais, as margens multiplicam-se por 4 face às margens nos países de origem... Os custos com importação são sempre utilizados na equação, nomeadamente para justificar que uma mesa de cabeceira de folheado custe 220Euros...

Queixumes à parte, e entre visitas à Mabílio, ao Mega, à Casa e Coisas, entre outros, lá fomos comprando o essencial e necessário para iniciarmos a nossa vidinha! É um facto que regressamos a casa no Natal com metade das coisas compradas, mas não interessa nada, pois sabiamos que ao voltar a Luanda teriamos a nossa cama à nossa espera!

Já o sofá... estaria para vir...

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