Regressando, mais uma vez, a referências feitas no passado, fazemos agora a ponte com o post designado “28 de Agosto – “Pula” na sola do sapato”, cujo link é:
Numa das vezes que tive que regressar ao Moreno para ir buscar os últimos sapatos que a Co-Repórter tinha deixado quando regressou a Portugal, tive oportunidade de ter uma bela conversa com o Moreno. Num sábado perto das 15 horas, hora a que fecham a “fábrica”, quase todos os colegas já tinham saído e ele estava a aguardar que os minutos passassem como se tivesse a obrigação de fechar a porta apenas às 15 horas.
Todo o espaço já estava arrumado. Quem olhava não antecipava a azáfama que existia naquele mesmo local uma ou duas horas antes. Agora tudo estava vazio e limpo. Quase que sem vestígio do que ali se fazia…
Aproveitando aquele momento de maior disponibilidade, fui-lhe fazendo algumas perguntas… Queria saber quem era, de onde vinha, porque estava ali, porque fazia aquelas peças de artesanato, onde estava a família, etc…
E ele respondeu a tudo isso… Sem pestanejar e com um tom de voz e expressões de proximidade… De amizade e de respeito. Confesso que isso me deliciou.
Fiquei então a saber que ele era de Benguela e foi por lá que aprendeu a fazer aquele tipo de calçado. Que depois veio para Luanda porque lá já não conseguia tirar os seus rendimentos. Fiquei também a saber que trabalhava ali com o seu irmão. E muitas, muitas outras coisas…
Vendo que a qualidade do produto era muito boa não hesitei em perguntar-lhe se ele não tinha já pensado em publicar o seu trabalho na net… Divulgar o trabalho para tentar vender mais… E aí a surpresa… Afinal o Moreno já era uma “figura conhecida”. Para além de jornais, também já a RTP Áfric a o tinha intervistado. Pedi-lhe então se poderia colocar essa entrevista no meu blog. Expliquei de que se tratava e rapidamente ele disse que numa próxima semana traria o cd para eu copiar.
Ficou ainda a minha promessa de ajuda na divulgação… Brevemente terei que criar um outro blog ou algo semelhante apenas para divulgação do trabalho do Moreno.
Por hoje ficam apenas algumas fotografias que, na semana seguinte, aproveitei para tirar.
No inicio do ano conto então publicar o vídeo do Moreno e, gostaria muito, também o registo aúdio de uma das nossas conversas… Despreocupadas e sem pressa para que sintam a proximidade deste Angolano especial porque, no fundo, é por haver “estes Angolanos” que vale a pena cá estar… É por haver “destes Angolanos” que se passam momentos únicos nesta Terra Avermelhada.
O Moreno
O trabalho
O Atelier e eles no atelier
Os colegas de Trabalho
Apontamentos
E para terminar a minha preferida...
Para ti Moreno, aqui fica o meu (e nosso) abraço. Dos Pulas… eheheeheheheh
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