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domingo, 31 de janeiro de 2010

9 de Janeiro – A partida

Bom… A partida…

Esta partida acabou até por ser didáctica. Porquê? Porque fiquei a perceber o motivo pelo qual, para os voos Lisboa-Luanda, os passageiros têm que estar com 4 horas de antecedência no aeroporto. É verdade… 4 longas horas…Tendo em consideração que o voo saiu às 10 horas da manhã…

Na realidade eu já tinha percebido em Agosto, mas desta vez percebi porque a minha “preparação” foi ainda mais agitada. O motivo é simples: “excesso de peso”. Depois de conquistar a pulso a amizade de uma das pessoas que estava a controlar a dimensão e peso das bagagens deram-me uma de três opções, relativamente à mala que eu tinha como bagagem de mão:

a) levava-a comigo e, por já saber que excedia os limites estabelecidos, aceitava que fosse colocada no porão pelos membros da tripulação à entrada no avião – Consequência: como não ia correctamente acondicionada nos depósitos onde vão as restantes, poderia ser facilmente aberta em Luanda. – Conselho: Ir comprar uns cadeados;

b) Pagar o excesso de bagagem equivalente a 10 kg (peso da mala), o que corresponderia aproximadamente a 170 euros;

c) Comprar uma nova mala com as dimensões admissíveis e deixar ficar cá algumas coisas.

A opção “a” parecia-nos arriscada, a “b” cara e a “c” a mais equilibrada. Como ainda tinha que passar no controlo de tax-free, a minha metade encarregou-se de ir comprar uma mala nova.

Depois de muitas compras com solicitação de tax-free, chego à brilhante conclusão que não reunia as condições para beneficiar da isenção do IVA ou parte dele – Não tinha estado o número de meses suficiente com residência no exterior. Mais um tempo perdido e uma lição aprendida: Ler sempre todas as condições de aplicabilidade do que quer que seja porque nem sempre o que se diz corresponde à realidade.

Lá fizemos a reestruturação e passámos o essencial para a nova mala. Neste instante reparamos que alguém tinha deixado ficar para trás aquilo que achámos ser um conjunto de presentes de Natal constituído por uma boa garrafa de vinho, duas garrafas de Porto reserva, e uma de azeite virgem extra! Olhámos em volta, enquanto fomos fazendo a reestruturação fomos verificando que já não havia dono. Uma vez que aquilo ia mesmo acabar por ser levado por alguém, não havia mas passou a haver naquele instante.

Paralelamente trazia ainda mais bagagem de mão “a vulso” (2 computadores, máquina fotográfica a acrescentar à mala acabadinha de comprar) que só consegui trazer porque, no mesmo voo, vinham 2 colegas da empresa. Gostava de ter tirado uma fotografia de toda a bagagem de mão junta para não só imaginarem como também comprovarem como vinha carregado desta vez...

Depois de superado este “pequeno pormenor” tivemos então tempo para um calmo pequeno almoço e algum descanso merecido após toda aquela agitação de inicio de dia.

Desta vez a despedida foi diferente. Em Agosto percebi o quão dura é uma despedida ali, em pleno aeroporto, e agora tive apenas uma pessoa a despedir-se de mim. Claro que não foi uma pessoa qualquer... Foi a minha metade...

Depois de muito choro, de ambos, definição de metas, objectivos e desejos a hora tinha chegado... Um momento emocionalmente muito intenso, tal como seria de esperar, mas suavizado com a intenção de que, em breve, pudéssemos estar juntos. Veremos se este objectivo será ou não cumprido... Até ao momento está muito difícil...

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