O dia
seguinte começou com uma manhã passada na praia da Restinga, com um calor
delicioso e uma temperatura de água a convidar a banhos sucessivos. As raquetes
levadas pelo Ludgero, só nos fizeram perceber a péssima forma física em que
estamos, pois passados dez minutinhos de jogo eu e o repórter já ofegávamos
como se tivéssemos corrido a mini-meia maratona de Lisboa! Shame on us!!!
Os
restantes convivas quiseram ficar à soleira mas eu, que era nova por aquelas
paragens, pedi ao repórter para irmos num mini-tour pelas redondezas. Almoçamos
num dos restaurantes da restinga, uns belos preguinhos regados com imperial
nacional, e no intervalo entre dois golos tive a oportunidade de comprovar o
quão pequenino é o mundo, e neste caso o país, ao encontrar um ex-colega de
trabalho. Mal saberia eu que até ao regresso a Luanda mais três episódios como
este sucederiam, o que julgo ser por um lado resultado da reduzida oferta de
locais explorados turisticamente no país, e nalguns casos, em que encontrei
pessoas que não via há mais de 5 anos, consequência do acentuar da corrente
migratória para Angola (a que se sobrepõe o factor primeiro).
Seguimos
com destino a Benguela, onde só demos umas pequenas voltas pelo centro da
cidade, pois o que me movia mesmo era visitar a Baía Azul e as praias
circundantas, Caota e Caotinha. O caminho é duro e muitas vezes parece que
estamos perdidos, mas as vistas compensam. Praias imensas, muitas delas
praticamente desertas, em que a água, sem o verde do índico ou o azul das
caraíbas, tem uma tonalidade de fazer inveja! Fotografias... pois, não há
muitas porque a máquina avariou precisamente no momento em que tinhamos a vista
privilegiada, de um miradouro... no regresso voltámos a dar uma volta breve por
Benguela que já era hora de regressar ao hotel para banhos, mudas de roupa e...
novo regresso a Benguela J uma vez que o jantar estava marcado no Contente (que também
tem outro nome mas não recordamos...). Para quem visita esta zona, e mesmo para
os que ficam no Lobito, vale a pena a deslocação para o jantar, servido numa
espécie de quintal. As refeições são enormes, com qualidade, e os preços não
sendo estupidamente baratos, são em nada semelhantes aos de Luanda.
Uma vez
mais entre muita galhofa, embora sem adivinhas à mistura, o jantar e a noite
foram avançando, até ser hora de regressar ao Términus. O dia a seguir prometia
ser longo, não só pela viagem mas pelas paragens que ainda queriamos fazer e
pelo trânsito que antecipávamos apanhar.
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