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domingo, 16 de outubro de 2011

4.Fev.11 – Repórteres rumam a Benguela (dia 1)


Um pequeno parêntesis...

Antes de escrever este post tive oportunidade de recuar cerca de 15 meses no tempo e retomar o post escrito pelo repórter por ocasião da sua primeira visita a Benguela. Para além de uma série de coisas que já mudaram desde a primeira deslocação, nomeadamente a existência de novos postos de abastecimento de combustível que, embora muitos possam não entender a razão desta referência, fazem toda a diferença no percurso, recordo aqui algumas frases escritas então:
“Um local a regressar mas, da próxima vez, com a minha metade.”

“Pela segunda noite consecutiva tenho o prazer de estar sentado num cómodo cadeirão de verga com o som das ondas a embalar o registo de mais um dia de experiências…

Falta aqui apenas a minha metade para ficarmos tranquilos a ouvir este barulho de fundo e bebermos um chá relaxante.”
E após 15 meses as duas metades regressaram, depois de muitos encontros e desencontros, tentativas, algumas batalhas, regressaram juntas. Não bebemos nenhum chá relaxante, apesar de haver uma oferta imensa no quarto em que ficámos, mas bebemos muitas Cucas e Gins tónicos, que para o efeito também serve, e muito bem!

E agora, o post propriamente dito...

A viagem tinha sido marcada ainda eu, co-reporter, me encontrava em Portugal, a aguardar indicações para voltar a rumar à terra avermelhada. O feriado do 4 de Fevereiro vinha mesmo mesmo a calhar para aquela viagem que já desejava fazer há algum tempo, depois dos relatos da viagem feita cerca de 14 meses antes pelo repórter, com os mesmos companheiros de viagem.

Para além de permitir conhecer as maravilhosas praias de Benguela, a restinga do Lobito, e o afamado Términus, a viagem ia permitir também fazer a rodagem ao novo bólide, que tinha acabado de chegar à família!

Depois de distribuídas as responsabilidades para a compra da merenda a disfrutar no caminho e definida a hora de partida, lá arrancámos, perto das 5 da manhã de Luanda Sul.

Estreei-me por fim na condução fora de Luanda e, aqui entre nós, não me saí mal :)









Primeira paragem – Porto Amboim, para abastecer a viatura e tentar encontrar quem me servisse uma meia-de-leite, para conseguir seguir caminho em perfeita sanidade mental. Por ocasião doutro post já tive oportunidade de escrever que a meia-de-leite e o pãozinho fazem parte do meu ritual diário e se há pessoas que não conseguem começar realmente o dia sem um café ou um cigarro, o mesmo se aplica a mim com a meia-de-leite. Posso viajar para locais com sumos naturais, batidos ou águas de frutas maravilhosos, que o pequeno-almoço nunca está desprovido daquela chávena desejada! Tanto é que os companheiros de viagem já não podiam ouvir os meus queixumes e diziam que o melhor seria esperar para chegar ao Términus, facto a que me comecei a resignar pois naquela paragem não tive sorte.







A viagem seguiu em amena cavaqueira e com algumas paragens em pontos paisagísticos estratégicos, para a habitual reportagem fotográfica. A paisagem altera-se ao longo do caminho e isso é bem visível em vários aspectos. Passámos o que o Ludgero apelida de Grand Canyon angolano e lá nos fomos acercando do destino final – a restinga do Lobito.









À chegada confesso que tinha alguma curiosidade a respeito do Términus. Apesar do estado cuidado, é perceptível o largo número de anos com que conta e a época a que pertence. De tal forma foi mantido o aspecto original que parece que somos transportados no tempo para, pelo menos, uns 40 anos atrás. Mesmo antigo, e talvez reconhecendo que necessitasse de uma remodelação grande, não desilude, sobretudo porque nos calhou em sorte (bom, não foi bem em sorte, foi pedirmos muito na recepção, depois da Andreia já ter reforçado o pedido por telefone e email) quartos com vista para o mar, no primeiro piso.












As redes mosquiteiras sempre fizeram parte do meu imaginário. Sempre as associei a romantismo, e nunca a mosquitos J pela primeira vez iria concretizar o pequenino sonho de dormir dentro de uma!

Depois de nos instalarmos lá fomos para aquela parte que melhor sabemos fazer, comer J e o sítio era tão apetecível que ainda abria mais o apetite, na esplanada do hotel, em plena praia, com o mar como testemunha! Não sei se foi do preguinho, que estava óptimo, da cervejinha, da falta da meia-de-leite ou do cansaço da viagem, mas bateu aquela moleza que nos força a ter os olhos fechados e não conseguir ouvir nada para além da caminha a chamar por nós...

E enquanto os nossos 5 companheiros de viagem lá ficaram a disfrutar do solinho, nós fomos disfrutar de um belo soninho entre a rede mosquiteira J até que era hora de levantar e ir tomar um gin de fim de tarde antes de partirmos para um jantar que nunca pensámos acabar de forma tãaaaao animada!

O Fernando, um colega, amigo, conhecido de alguns dos presentes, convidou-nos para um jantar na sua casa lá no Lobito, e a verdade é que só ele sozinho já enche e anima uma casa com o seu humor e peripécias. Depois de nos servir um belo repasto que, QUASE todos ajudámos a preparar J  a Andreia sugeriu que jogássemos ao “Gesto é tudo”, jogo que já tinha suscitado outras noites de galhofa. As equipas foram divididas, meninas para um lado, meninos para o outro! E zás, primeira ronda e já levávamos uns 10 a zero à equipa adversária! No mínimo looool a noite continuou assim e apesar das muitas tentativas que se seguiram por parte da equipa masculina, não conseguiram nem sequer equilibrar a vantagem que levávamos, mas o melhor, o melhor foi mesmo as horas de riso e diversão que nos deram, pelo menos, mais uns bons meses de vida!

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