Hoje começou o meu primeiro fim-de-semana por estas bandas. Ontem estava particularmente cansado, porque a semana revelou-se, ao contrário do que esperava, intensa. Tudo é novo e, na realidade, tudo é diferente. Horário, ambiente, pessoas, metodologias, ritmos de trabalho e tudo o resto que possamos imaginar. Relativamente ao trabalho, propriamente dito, resumiu-se à fase de adaptação. Integração na equipa e preparação dos elementos base para o trabalho que pretendo desenvolver.
À tarde o Ludgero e a Andreia vieram buscar-me a casa e andámos a deambular pela cidade. Fomos ao Jumbo (tinha que comprar algumas coisas que acabei por deixar em Portugal devido ao excesso de peso) e depois tive a oportunidade de começar a perceber “o mapa” no terreno. É sempre bom quando alguém que conhece o terreno anda connosco e nos mostra. Sendo pessoas amigas é duplamente positivo. Acabei por sentir que andava a passar com eles e o impacto do que ia vendo foi atenuado.
Contudo tive oportunidade de ver a realidade efectiva… Pobreza nas ruas e muito mais… Lixo, desorganização, buracos e claro, o pó avermelhado em todo o lado. Mas vê-se ainda algo mais… Enormes e modernos edifícios que irrompem do chão e terminam bem acima do nível dos prédios mais antigos. À sua volta edifícios velhos alguns descuidados outros degradados… Estes novos edifícios, reflexo da intenção de modernização do país (e usufruto do ouro negro), são autênticas ilhas na zona que os circunda… Totalmente desenquadrados... Eventualmente daqui a alguns anos estes, que agora refiro desenquadrados, poderão ser apontados como os dinamizadores de uma nova arquitectura que mudou a cidade… Hoje, não tenho dúvida, estão desenquadrados…
Desenquadrados de tal forma que um deles, de uma empresa que me escuso referir porque é demais evidente, tem um enorme ecrã que se consegue ver a uns quilómetros de distância… As fotografias terão que ficar para quando for possível…
Relativamente à questão da insegurança, para a qual fui tantas vezes alertado em Portugal, felizmente, não vi nem senti nada. Foi a primeira vez que saí “dos trilhos diários” e tudo correu sem qualquer sobressalto… Espero que assim continue…
Para terminar o dia um jantar num restaurante calmo em que se pode descansar, conversar e comer umas belas iguarias. Mais um mimo dos meus amigos…
Foi um primeiro dia de repouso interessante e reconfortante…
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