Mais de 30 milhões de quilómetros quadrados, 53 países, uma cultura islâmica ao Norte e forte influência anglo-saxónica ao sul fazem de África o mais diversificado dos continentes. Com estados democráticos como o Senegal, outros onde se eternizam sanguinários confrontos, como no Darfur, e outros ainda, como a Somália, onde a autoridade e as instituições há muito desapareceram, não é fácil definir África. Há a África do deserto, a da estepe, a da savana; Há a África banhada por dois oceanos, mas também há a do interior (é o continente onde há mais países sem acesso ao mar); Há a África das desigualdades, como a do delta do Níger, ou a África dos paraísos e das férias de luxúria.
Prevê-se que o campeonato do mundo de futebol que se inicia este mês, leve mais de 370 mil visitantes à África do Sul e que as transmissões de televisão tenham uma audiência acumulada de 26 mil milhões de telespectadores. Nem que seja pelo efeito da “Bola”, África vai estar no pensamento de muita gente durante os próximos tempos. Que não seja uma oportunidade perdida.
In Courier Internacional, Junho de 2010 - Nota Editorial por João Garcia - APROVEITAR A ‘BOLA’
Hoje, num domingo de praia com o Ludgero e com a Andreia, decidi comprar a Courier Internacional. “Estupidamente cara”, como quase tudo por cá, senti que tinha justificado o seu custo quando conclui a leitura da Nota Editorial.
De facto África é isso tudo. Infelizmente conheço ainda apenas Angola mas, a avaliar pela amostra, a descrição não poderia estar mais correcta.
E depois? Depois espero também que o evento seja aproveitado de uma forma positiva para o país mas, principalmente, para o continente. O povo é genuinamente bom melhor do que tem hoje. Que seja a África do Sul a dar esse primeiro sinal ao “exterior” e que “os vizinhos” possam e queiram usufruir de tudo isso.
É apenas um desejo ou, se calhar, uma utopia.
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