O primeiro post que escrevi sobre este dia perdeu-se. No meio de tanta mudança, perdeu-se… estava com muito sentimento e tenho receio que este não reflicta o mesmo... perdoem-me por isso.
O dia 4 de Junho de 2011 começou a ser planeado muito tempo
antes, com muito detalhe. O que se tornou uma missão complicada de gerir, pela
distância. Quisemos ser detalhistas ao ponto de fazer as pessoas sentirem-se mais do que
convidadas do nosso casamento, mas realmente parte dele. Executar esta tarefa a
7.000kms de distância, e com o ritmo de trabalho e de vida que aqui em Luanda
se impõem, não foi tarefa fácil. A internet foi uma das nossas maiores aliadas,
mas o nosso pior pesadelo também J Muitos fins de semana perdidos, muitas horas de sono ficaram por dormir, muito stress acumulado... No entanto, depois das palavras e dos comentários que recebemos, apesar do
cansaço extremado com que chegamos ao dia D, voltaríamos a fazer tudo de novo,
porque foi nosso, foi vosso e foi maravilhoso!
O dia começou bem cedo. Apesar de termos decidido casar
apenas da parte da tarde, quisemos aproveitar bem o dia, e o meu começou cheio
de boa disposição logo às 8h da manhã no cabeleireiro, acompanhada da madrinha
Rita, do Padrinho Patrick e da Matilde e da Gi, que iam registando o momento.
Num instante, e depois de muitos flashes, seguimos caminho. A partir daqui, não
sei o que se passou, mas tudo se sucedeu a uma velocidade vertiginosa. Num
instante estava a dar pulos no quarto, ao som do Niño dos Belanova, que o
Patrick colocou a tocar no sistema de som depois de ter gravado com muito carinho e saudade no seu Iphone, no instante a
seguir estava a receber toneladas de abraços e beijos e carinho, das pessoas
que iam chegando, e de repente já me estão a colocar o véu, e vou a descer a pé
para a igreja, acompanhada do meu pai, das amigas e da família!
Se os momentos já se estavam a suceder rápido, desde que
entrei na igreja, com o Repórter ao fundo à minha espera, ainda se
começaram a suceder mais depressa. Tentámos aproveitar ao máximo a companhia de
todos e mais horas o dia tivesse, mais horas teríamos aproveitado.
Esta sensação de que tudo sucedia à velocidade máxima, é
indiscritível, mas julgo que comum à maioria dos noivos. No dia a seguir
acentua-se, e chegamos mesmo a sentir que não aproveitámos nada. No nosso caso,
a ida imediata de lua de mel, e o regresso posterior e também imediato a
Luanda, acentuou esse sentimento, sobretudo porque não pudemos reviver o dia com
a maioria das pessoas que estiverem presentes. Só com alguma
longevidade face ao mesmo é que este sentimento desvanece, e depois de revermos
muitas vezes as mesmas imagens, e revivermos os momentos, é que começamos a
sentir que o dia não foi assim tão curto.
Mas foi sim, sem dúvida, o dia mais bonito das nossas vidas,
não só porque tudo correu bem, tal como desejávamos, mas porque estivemos
rodeados de todas as pessoas que amamos e que são importantes para nós.
Acreditem que para quem vive tão longe de casa, é um sentimento único poder estar
rodeado no mesmo dia, de todos aqueles dos quais vivemos afastados e de quem
muita falta sentimos.
Claro que houve pequenas coisas que correram menos bem, como não
haver música de entrada na sala, aquela que tinha sonhado, porque no meio de tanta coisa o repórter esqueceu-se desse detalhe do qual estava responsável :) Na altura pareceu
uma coisa enorme, tais eram os nervos, mas no momento em que entramos, já
noite, com as velas todas acesas, a decoração intimista que idealizamos e a
mais maravilhosa que tinha visto, toda a gente de pé a aplaudir-nos, o que se
tornou grande e nos encheu a alma, foi a sensação de carinho, conforto e
pertença, que jamais esqueceremos.
A todos os que fizeram parte do nosso dia, e que fazem parte
integrante das nossas vidas, se não o dissemos vezes suficientes durante o dia
4 de Junho de 2011, uma vez mais o nosso eterno obrigado por terem estado
presentes. Sem vocês não teria sido o mesmo.
A todos os que estão longe de casa e planeiam um casamento,
não desanimem, façam-no com empenho, dedicação e muito amor, pois momentos como
estes recompensam tudo:
Um agradecimento especial à nossa fotógrafa, Matilde Berk, pelo seu trabalho maravilhoso, que não nos cansamos de ver, e ao Ludgero Afonso, pelas reportagem informal que foi fazendo ao longo do dia.
Um agradecimento especial à nossa fotógrafa, Matilde Berk, pelo seu trabalho maravilhoso, que não nos cansamos de ver, e ao Ludgero Afonso, pelas reportagem informal que foi fazendo ao longo do dia.
2 comentários:
Bonito texto:) Felicidades, felicidades, felicidades.... é tudo os que vos desejamos.
Beijinhos,
L.A
Obrigada LA!
Cheguei hoje a Lisboa para uma visita fugaz, com mil e uma coisas para fazer, mas responderei ao email logo logo.
Beijinhos,
A co-repórter
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